Deus é Pai

Pai para órfãos e defensor de viúvas é Deus em sua habitação.
Salmos 68:5



Após gênesis, capítulo 3 vers. 6, Satanás tem tentado persuadir o homem a pensar que por causa de seu pecado, será impossível chegar-se a Deus, e mais difícil ainda, tê-lo como um Pai.
Falar de paternidade, não é muito fácil em nossos dias, há muitos anos temos perdido o zelo, a fraternidade e a moral que uma família por si só nos proporciona. Nesses dias a figura paterna tem esquecido de suas responsabilidades, seus deveres. Tem esquecido de gastar tempo e de amar seus filhos. Dia após dia, crianças tem crescido e com elas as marcas de uma infância sem presença comunicativa e afetiva de um pai. O ser humano nunca teve grandes laços com figura paterna, raramente o mundo o deixa ter laços amarosos e disciplina firme que os preparara para a vida.
O homem sempre teve dificuldade de ver Deus como Pai. A paternidade de Deus não é meramente uma das muitas “metáforas de Deus”. O termo tem classe própria, o que os estudiosos chamariam de analogia sui generis, ou seja, a palavra Pai, empregada na bíblia não está limitada somente o que Ele faz, mas o que Ele realmente é, Pai.

O fato de chamarmos Deus de Pai, é uma das discussões hoje, até mesmo por parte de alguns cristãos. Muitas pessoas têm aquela visão do Deus carrancudo, chato, que vive zangado, prestes a nos bater com seu cajado.
Essa foi uma das estratégias do mundo e do diabo, colocar a imagem distorcida de Deus, fazer de tudo com que nós tenhamos uma visão de um Deus muito ocupado, com seus afazeres, e tão pouco preocupado com a vida de um mero ser humano.
Nossa geração não conhece Deus como Pai, por isso, a falta de vontade de conhecê-lo. Deus transcende a sexualidade, logo não é nem homem e nem mulher, mas os escritores da bíblia foram inspirados a chamá-lo por pronomes masculinos.
Mas a verdade é que Deus é Pai, e Pai de muitos filhos, e Ele ama todos igualmente. Umas das passagens que mais fala comigo acerca da paternidade de Deus é em Gênesis 1:26. Qual é o pai que não quer que seu filho se pareça com ele? Ali está uma grande manifestação do amor de Deus, o todo poderoso, o criador do universo, criara algo com quem ele se identificava em sua imagem e em sua semelhança.
A mensagem paterna de Deus está em toda a escritura sagrada. Deus sempre se manifestou com grande amor aos seus filhos, o cuidado com que Deus demonstrou pela saúde de Israel é incrível, você poderá ver isso em Êxodo e Levíticos.
Em Romanos 8:15, vemos Paulo escrevendo que o Espírito nos capacita a chamá-lo de uma forma muito carinhosa, “Aba, Pai” (paizinho).
Há uma palavra que bate de frente com a paternidade de Deus. A autopiedade. Com toda certeza você já ouviu alguém falar algo como “ninguém me quer, ninguém me ama, todos me desprezam”. A autopiedade fará você se sentir um verme e mais que isso, um filho abandonado e sem Pai. Essa autopiedade humana, fez com que Deus, manifestasse o seu amor entregando nosso irmão mais velho Jesus, para morrer por nós.
Acredito que quando o salvador nasceu lá naquela manjedoura, Deus nos céus gritava: Meus filhos, Eu os amo! Com a morte de Jesus na cruz, Deus não deixou nada se quer, atrapalhar nossa amizade com Ele, se antes nossos pecados nos faziam correr dele, depois da morte de Jesus isso nos leva de encontro ao perdão do Pai.
Em todo momento, em qualquer circunstância Deus está pronto a te perdoar. Não há nada que você faça pra fazer o Pai te amar mais, nada que você faça pro Pai te amar menos. Ele simplesmente te ama.
O homem não tem razão, nem justificativa, para ser autopiedoso, ao ponto de achar que todos estão contra ele. O Pai não faz nenhum tipo de acepção entre seus filhos, mas sim, há aqueles que chamam a atenção dEle diferente. Temos o costume de pensar que o Pai nos abandonou, em horas mais difíceis, nos sentimos só, sem segurança, sentimos saudades de um ombro amigo. É nessas horas que Deus como um pai, está mais do que presente em nossas vidas e situações, passamos por dias maus, porque todo bom e zeloso pai, quer preparar o filho para a vida, e não criar um filho mimado e do tipo “queixudo”.
Mas ele sempre estará conosco, isso é uma promessa de Pai para filho “Não os deixarei órfãos, voltarei para vós outros” João 14:18. A verdadeira paternidade é baseada no ser de Deus, na relação do Deus Pai com o Deus filho e o Deus Espírito Santo.
A figura paterna humana, nada mais é que um símbolo imperfeito e caído dessa realidade transcendente. A paternidade de Deus não é inconseqüente ou passível de alteração, pois Deus determinou o relacionamento com cristãos da seguinte maneira: “serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor todo Poderoso” 2 Coríntios 6:18
O amor do Pai não é algo fácil de entender. Porque Ele ainda nos ama? Não sei. Fato é que Ele ama, e ama tanto que às vezes penso que tamanho amor é ridículo, porque nosso retorno comparável ao amor dEle é zero. Ele nos ama tanto que às vezes dá à impressão que somos filhos únicos.
Deus é Pai, e não há filhos órfãos na sua presença, porque Ele nos adotou com o sangue de Jesus.




 por Tiago H. Souza

Nenhum comentário:

Postar um comentário